Debate no twitter – Berzoini e Cássio Cunha Lima sobre jantar de R$ 7,5 oferecido por Cássio, mas pago pelo Senado
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Assessoria de Cassio diz em nota que despesa é legal |
Do Parlamento-PB
O senador paraibano Cássio Cunha Lima (PSDB) tem frequentado
com assiduidade o noticiário nacional e se cacifado como uma liderança do
tucanato brasileiro, a ponto de ser alçado à condição de coordenador de
campanha de Aécio Neves (PSDB) e interlocutor da relação política entre o
presidenciável mineiro e o pré-candidato
socialista e pernambucano Eduardo
Campos. Mas, a exposição de Cássio também atrai críticas e o deputado
federal Ricardo Berzoini (PT-SP) virou suas baterias para o senador. O
ex-presidente nacional do PT usou seu microblog Twitter para repercutir uma
matéria originalmente publicada no jornal Estado de São Paulo e que questiona a
legalidade de um pagamento de jantar que custou R$ 7,5 mil e foi debitado na
conta do Senado Federal.
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Depurado não deixou por menos o valor do jantar de Cássio pago pelo Senado |
A assessoria do senador informou que a despesa é legal visto
que o Senado Federal realizou uma sessão especial e arcou com os custos de um
jantar que integrou a programação do evento.
Veja a matéria publicada no Jornal O Estado de São Paulo:
O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) é um bom gourmet. Em
homenagem a seu pai, o parlamentar levou amigos e parentes para jantar no
Porcão, uma das mais caras churrascarias de Brasília, que oferece rodízio a R$
105 por pessoa, e apresentou a conta ao Senado. A nota indica que o jantar
custou aos cofres públicos R$ 7.567,60.
No mesmo dia do jantar, o plenário do Senado foi palco de uma
homenagem ao pai do parlamentar, o ex-senador e ex-governador da Paraíba
Ronaldo Cunha Lima, falecido em julho de 2012. Parentes, amigos e colegas do
senador vieram a Brasília para participar do evento.
Procedimentos - Ato publicado pelo Senado em 2011 que
regulamenta os procedimentos para o ressarcimento das despesas dos senadores
estabelece a apresentação de "nota fiscal ou nota fiscal eletrônica ou
cupom fiscal original, em primeira via, datada e com a completa discriminação
da despesa, isenta de rasuras, acréscimos, emendas ou entrelinhas, emitida em
seu nome". Na nota à qual o Estado teve acesso está escrito apenas
"refeições".
A churrascaria em que Cunha Lima ofereceu o jantar está entre
as mais caras da capital federal. No cardápio, estão disponíveis carnes nobres
e exóticas, como carne de avestruz. Considerando um consumo aproximado de R$
200 por pessoa, incluindo sucos ou refrigerantes e taxa de serviço, o valor
apresentado na nota seria suficiente para oferecer um jantar para 38
convidados.
O gabinete do senador informou que o uso da cota parlamentar
é feito da forma mais transparente possível. Por iniciativa própria, todas as
notas emitidas pelo parlamentar estão disponíveis em seu site. Segundo a
assessoria de imprensa de Cunha Lima, o jantar ocorreu depois da sessão
especial do Senado e contou com a presença de "autoridades e
parlamentares". Apesar de não informar o número de convidados, o gabinete
informou que "o senador é extremamente criterioso com os gastos".
Questionada sobre a ausência do consumo discriminado na nota,
a assessoria do parlamentar afirmou que "se o Senado referendou o
documento dessa forma, não cabe ao senador responder por isso". A nota foi
apresentada na época em que a secretaria responsável por esse controle no
Senado era comandada por outro diretor, que foi afastado do cargo.
Mensalmente, cada senador tem direito a usar R$ 15 mil mais o
equivalente a cinco passagens aéreas de ida e volta a seu Estado de origem, o
que faz com que o valor seja diferente para cada parlamentar. Cássio Cunha Lima
pode solicitar reembolso de R$ 35.555,20 todos os meses.
O Senado informou que não há regra que delimite o gasto
específico com restaurantes. O senador pode gastar até o valor total da cota
com alimentação.
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