Governo Lula lança Disque 100 para denunciar trabalho doméstico escravo

 

foto: divulgação governo federal

No dia da empregada doméstica, o Governo Lula lança um Disque 100 para denúncias de trabalho doméstico escravo. O serviço funcionará todos os dias e garante o anonimato dos denunciantes. 

No Brasil, 92% das trabalhadoras domésticas são mulheres, sendo 65% negras..

O recebimento de denúncias de trabalho escravo doméstico pelo Disque 100 – canal gratuito e com acessibilidade – foi anunciado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) durante evento mês passado por ocasião do dia da mulher.

Na data, o órgão promoveu evento com a participação do ministro Silvio Almeida, secretárias nacionais do órgão, servidoras, colaboradoras e estagiárias, em Brasília (DF).

A secretária executiva, Rita Oliveira, também fez um agradecimento a todas as mulheres que tornam o trabalho possível. “Eu não estaria aqui hoje vencendo desafios se não fossem vocês. Quero dizer que as portas da Secretaria-Executiva estão sempre abertas, o diálogo vai estar sempre presente. Olhando para esse público tão feminino e diverso, só aumenta em mim a sensação de responsabilidade”, afirmou.

Também integrante da mesa de abertura, a secretária nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Isadora Brandão, fez um agradecimento especial às mulheres negras e ressaltou a importância do feminismo durante a trajetória pessoal e coletiva. 

“Essa é uma data importantíssima para relembrar esse legado ancestral de luta das mulheres, todas elas, que permite que nós estejamos aqui hoje”, ressaltou.

Menino Miguel

Durante o evento, foi divulgado vídeo da graduanda em Direito e secretária legislativa Mirtes Renata, mãe do eterno menino Miguel Otávio. O caso da ex-empregada doméstica repercutiu em 2020, em pleno o 'fique em casa' quando a criança ficou sob os cuidados da então patroa que não respeitou o momento de segurança sanitária da época, obrigando Mires a ir trabalhar. 

Enquanto Mirtes passeava com o cachorro da própria empregadora, a patroa deixou Miguel entrar no elevador a procura da mãe. Fria e negligente, deixou a criança de apenas 5 anos ir no equipamento.

Miguel faleceu ao deixar o elevador em busca da mãe, mais caiu numa área externa de um prédio no Recife (PE). 

Atualmente Mirtes é ativista sobre os direitos dos trabalhadores domésticos.

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