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| fotos arquivo pessoal divulgação |
Renan Miguel, 18 anos, atleta dos 800 e 1500 metros, vem sendo preparado pelo medalhista olímpico, Zequinha Barbosa que afirma: “Renan deverá ser o próximo Joaquim Cruz e Zequinha Barbosa da nova geração”.
Correndo
descalço, ele ganhou a primeira prova no atletismo e conquistou sua primeira medalha
e seu primeiro prêmio: a tão sonhada bicicleta que toda criança quer. Foi assim
que Renan Miguel Alves, especialista nos 800 e 1500 metros, começou sua
trajetória e se transformou nos últimos dois anos na mais jovem aposta de
conquista olímpica nas pistas.
Sua modalidade já deu dois ícones olímpicos ao Brasil: Joaquim Cruz e Zequinha Barbosa. E quem prepara Renan para as próximas olímpiadas que acontecem em 2028 em Los Angeles/EUA e 2032 na Austrália, é justamente quem já conquistou a glória olímpica e sabe como chegar lá. O premiado medalhista olímpico, Zequinha Barbosa, de 4 olimpíadas e 9 campeonatos mundiais, foi encontrado por Renan pelas redes sociais.
“Renan é um
atleta jovem que tem um talento muito bom para se tornar um atleta olímpico.
Tem perfil olímpico, tem talento pra isso que precisa ser trabalhado e é isso
que estamos fazendo. Renan deverá ser o próximo Joaquim Cruz e Zequinha Barbosa
da nova geração”, apontou o campeão e técnico do jovem fundista e medalhista petrolinense.
Se Zequinha Barbosa, ídolo das pistas nas décadas de 80/90, orgulho do Brasil em mundiais de atletismo e nas olimpíadas que competiu, enxerga esse tesouro na pista, quem somos nós para duvidar. Portanto, a importância de Renan ter total apoio e investimento, é outro ponto a ser destacado pelo treinador e medalhista olímpico.
“É um jovem
de Petrolina que está procurando trilhar esse caminho e que precisa de apoio,
de patrocínio. E isso estamos procurando buscar para poder fomentar e levar o
Renan cada vez mais alto. Eu acredito no Renan. Ele tem um grande talento e que
Deus possa abençoar com o patrocínio e assim ele poder trilhar esse belo
caminho”, declarou Zequinha.
Antes do ingresso na APA, Renan seguiu a trajetória de conquistas, foi competindo, ganhando, correndo e começando a tomar gosto pelo esporte que passou de brincadeira na rua e na escola a conquistas em algumas competições como nos Jogos Estudantis de Pernambuco e nos JEBs – Jogos Escolares Brasileiros com direito à quebra de recordes e muitas medalhas.
“Minha primeira medalha foi na corrida de Tiradentes, aquela da bicicleta e ela fez com que eu ganhasse também meu primeiro tênis profissional de corrida. Ganhei a bicicleta correndo descalço. Morava em Juazeiro/BA nessa época”, disse.
Nesta época veio a pandemia e Renan quando voltou para as pistas já estava morando em Petrolina e passou a treinar pela escola no Parque Municipal Josepha Coelho.
“Corri os 400 metros e fiquei em 2º lugar e por esse resultado fui convidado para APA. Foi quando fui pela primeira vez para o Recife, minha primeira viagem longa, e também quando conheci o mar. Não fui bem, fiquei em último e me chateei. Parei um tempo sem querer mais correr, mas uma amiga me incentivou a participar de um festival de atletismo organizado pela APA. Corri os 100 metros e não fui bem de novo, mas aí tomei gosto pelo esporte e iniciei de fato a carreira. Era o final de 2022”.
Em 2023, Renan começou a treinar profissionalmente e já em março deste mesmo ano, se tornou Campeão Pernambucano Estudantil Sub-20 dos 400 e 800 metros.
“Todo mundo ficou impressionado com as minhas marcas, mas eu queria mais. Fiquei obcecado para crescer mais no esporte, estudando e nesses vídeos no YouTube, conheci o Zequinha Barbosa”, contou.
Depois veio mais vitórias, Renan conquistou outras provas e ganhou o Pernambucano em todas as categorias e sempre se destacando nos 800 e 400 metros, sendo o representante de Pernambuco em competições regionais e nacionais.
“Nos jogos estudantis do Nordeste no Rio Grande do Norte sofri uma lesão. A gente tinha um treinador que não foi tão bom, ele largou a gente, segui meus treinos por conta própria, fui competindo lesionado. E em São Paulo, novamente fui estudar mais e novamente me deparei com Zequinha numa nova pesquisa pelo YouTube. Uma história no esporte que tinha tudo a ver com a minha. Entrei em contato com ele e ele me retornou. No primeiro encontro ele disse que só iria me treinar se eu quisesse ser um atleta olímpico e foi assim que essa história começou”, revelou.
Renan estava até dezembro competindo pela AABB de Cascavel/PR, mas o contrato dele encerrou. Agora ele corre contra o tempo para encontrar outro patrocinador. Ele está de recesso e descansando em Petrolina e deve retornar nos próximos dias para São Paulo já dentro da preparação para o Mundial de Atletismo deste ano, como informou Zequinha Barbosa.
“Zequinha juntou cinco atletas para se certificar se ele não estava perdendo o tempo dele, reunindo esse grupo em Cascavel. Me chamou e eu fui, fizemos uma vaquinha, minha mãe ajudou, vendi meu celular e fui para esse projeto e com outra lesão. Mas estava determinado. Zequinha conversou com um treinador no Paraná para que eu ficasse num clube. Fiquei e fui cuidar da lesão”.
Renan revelou que Zequinha voltou para os EUA e os outros amigos do projeto para suas cidades. Ele ficou no clube de Cascavel e logo em seguida teve que correr uma competição no Paraná, mesmo se tratando.
“Eu tinha que ir mesmo estando de repouso para me tratar. Fui sem treinar e nessa competição, fiz uma marca três vezes melhor do que eu tinha feito no ano anterior. Não senti dor e aquilo foi um divisor de águas. Fiquei animado e realmente muito impressionado com a marca”, detalhou o atleta.
Renan registra que em 2024 correu apenas três meses, todas com dor, e 9 meses ficou parado, se tratando. Em maio, ele foi competir nos JEBs – Jogos Escolares Brasileiros - e quem fosse bem, iria para o Barém, nos Emirados Árabes, representar o Brasil nos Jogos Mundiais Estudantis.
“Nessa competição (JEBs) fiz uma grande marca nos 800 metros e quebrei dois recordes no Campeonato Brasileiro Escolar, nos 800 e 1500 metros e fui convocado para a Seleção Brasileira para o Mundial do Barém”, pontuou.
Renan sofreu outra lesão logo após a convocação, e por isso tentou deixar a vaga para outro atleta, mas não conseguiu.
“Não me deixaram, treinador, amigos, todos me incentivaram a me recuperar. Eu não consegui treinar na pista até outubro, quando ocorria a competição. Tive que fazer um treinamento adaptado com bicicleta, natação e só poucos dias antes dos jogos é que treinei na pista”, lembrou Renan Miguel.
E com lesão e tudo, as marcas do time brasileiro e de Renan foram destaques na disputa.
“Corri uma semifinal e na final fiquei em 6º do mundo nos 800 metros e nos 1500 metros. No revezamento ficamos em 4º no mundo com uma grande marca nesta corrida. Voltando para o Brasil, ainda tive que correr no Paraná e depois voltei pra Petrolina para descansar, tratar as lesões para iniciar a temporada 2025. Tenho certeza que vai dar certo, eu sei que tenho como vencer essa guerra. Vai dar pra chegar lá, se Deus quiser”, finaliza o jovem medalhista e aposta olímpica do Brasil, de Petrolina para o mundo.
MÃE
Renan é o filho mais novo da 'diva do forró romântico', a cantora e compositora Alba Suany, vocalista do banda 3Dejesos e primeira vocalista da primeira formação da Banda Desejos de Menina. Alba frisa que Renan é determinado, comprometido, inteligente e tem total convicção no que quer. Ela acrescenta que o filho vai longe no esporte.
"É determinado, estudioso, comprometido e que tem um Zquinha Barbosa na vida dele. E tem como Zequinha teve em sua carreira, faro de campeão. Espero que logo logo outro patrocinador venha apostar no nosso campeão e futuro medalhista olímpico", assinala Alba.
VÍDEO: VEJA O DEPOIMENTO DE ZEQUINHA BARBOSA:
Por Cinara Marques, redação Futebol Nordeste/Blog Coluna Bastidor
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